Simbolismo - Literatura

SIMBOLISMO EM PORTUGAL

O marco inicial do Simbolismo em terras portuguesas se dá com a publicação de Oaristos, de Eugênio de Castro, em 1890. Além desse precursor do movimento no país, destacam-se Antônio Nobre, Eugênio de Castro, Cesário Verde e, especialmente, Camilo Pessanha.

CAMILO PESSANHA ( 1867 - 1926 )

Principal simbolista português, Camilo Pessanha publicou um único título de poesias, Clepsidra. Influenciado pelo francês Paul Verlaine, carregou seus versos de musicalidade, acrescentando-lhes associações sutis e imagens fugidias, que parecem se diluir com o tempo. Daí o nome "clepsidra", que designa um relógio de água. Do grego klepsydra ( klepto = roubo, hydor = água ), o nome invoca o fluir do tempo, que se vai na correnteza da água, que é roubado, passageiro - característica da poesia de Pessanha.

SIMBOLISMO NO BRASIL:

Cronologicamente, o Simbolismo brasileiro começa em 1893, com a publicação de dois livros de Cruz e Sousa - Missal ( prosa ) e Broquéis ( poesia ), o que não significou, porém, o fim de movimentos antecessores, como o Realismo e o Naturalismo, com os quais a nova estética acaba por conviver, embora com menos destaque.

CRUZ E SOUSA ( 1861 - 1898 )

Considerado o mais importante poeta simbolista brasileiro, João da Cruz e Sousa se destacou pela marcante musicalidade de seus poemas, repletos de aliterações e iniciais maíusculas alegorizantes. Na temática, a sublimação, o mistério, a angústia, o misticismo e a obsessão pela cor branca permeiam seus versos.

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